“Pela obsessão, pela paranóia, mas
simplesmente pela loucura, estás-te a transformar naquilo que escreves”.
Noite de Absurdo Noite de Estranho Noite de Vago
para além do sonho daquele que não dorme procurando as setas no coração
dos envenenados cães que bebiam junto ao rio tornou-se perplexo e tudo
volta a transformar-se em sombras que iluminam o cadáver dançante do
existir
longe de ti para sempre e nunca mais
Noite de Absurdo Noite de Estranho Noite de Vago
os
dilemas que terminam nas mãos que não se tocarão outra vez o limbo gera
a luz a criança os seus passos perdidos transformam-se ao passar pelo
túnel deste existir
Noite de Absurdo Noite de Estranho Noite de Vago
para
além do sonho daquele que não dorme disparando as setas ao coração dos
envenenados cães que uivavam junto à ponte de madeira tornou-se perplexo
e tudo volta a permanecer nas sombras que apagam o cadáver cantante do
viver