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A Deusa Perséfone, que os romanos chamavam
de Prosérpina ou Coré é melhor conhecida através do "Hino de Demeter",
de Homero, que descreve seu rapto por Hades.
Foi adorada de dois modos, como a jovem ou Coré, ou como Perséfone a rainha do inferno.
Como
Coré é associada a juventude e a fertilidade, como Perséfone é uma
deusa experiente associada aos mortos e ao mundo avernal, guia os vivos
que visitam o mundo das trevas, e pede para si o que deseja.
Embora não fosse uma dos doze deuses olímpicos, foi figura central dos Mistérios de Elêusis.
Ao
contrário de Hera e Demeter, que representam padrões arquetípicos
ligados a fortes sentimentos instintivos, Perséfone prpporciona a
estrutura da personalidade, ela predispõe a mulher a não agir, mas a ser
complacente na ação e passiva na atitude.
É
provável que a mulher-Perséfone não impressione no primeiro encontro,
mas ela também não tem a pretensão de se afirmar intensamente.
Não possui a solidez de propósito de Artemis, nem conta com o terreno firme onde pisa a Hera.
Mas há uma peculiaridade na mulher-Perséfone, uma qualidade que lhe é inata, a sua vulnerabilidade espiritual.
Em sua fragilidade, percebe-se o anseio por afeição e intimidade profunda.
Esta
mulher é envolta por uma aura de mistérios. O seu mundo é paranormal,
mas ela se sente atraída pelos ensinamentos da metafísica mais do que
pelas ciências naturais convencionais.
Tão
poderosa é a autoridade do materialismo científico de nossa sociedade
que esta mulher é considerada excêntrica ou alienígena para muitos.
Para os gregos, Perséfone era a Rainha distante do Mundo Avernal, que vigiava a alma dos mortos.
Ma ela era conhecida também como a virgem donzela Coré, que foi seqüestrada de sua mãe, Deméter pelo Deus Hades.
Sua descida ao mundo avernal ao ser raptada por Hades é uma das histórias mais conhecidas de toda a mitologia grega.
Mas o que é avernal?
Na linguagem da psicologia moderna, seria chamado de inconsciente.
De
modo que Perséfone é aquela que foi sorvida não apenas pelo
inconsciente, pelo desconhecido, por tudo o que é reprimido e sombrio
(Freud), mais ainda mais profundamente pelo inconsciente coletivo, o
mundo das potestades e poderes arquetípicos (Jung).
Uma
mulher pode vivenciar isto de diversas maneiras: uma tragédia na
infância, a perda de uma pessoa da família ou de um grande amor.
Compreender o significado da descida de Perséfone é particularmente urgente nos dias de hoje.
Muitas
mulheres e homens, estão descobrindo seus talentos mediúnicos e sua
aplicação na leitura dos tarôs, nas curas espirituais, meditações, etc.
Mas
passar a maior parte da vida "entre espíritos" pode exercer uma enorme
pressão psíquica, especialmente quando suas habilidades sejam
erroneamente interpretadas ou temidas.
Mais
do que com qualquer outra deusa, a mulher-Perséfone pode sofrer uma
profunda alienação, que pode levá-la a um colapso. Ela pode não ser
suficientemente consciente de si mesma para ser capaz de retratar um
quadro de como sua vida é subjetiva.
a mulher- Perséfone deve tornar-se autoconsciente e analisar a si mesma e a seus motivos em vez de simplesmente existir.
Para isso é importante que busque as suas deusas irmãs para ajudar a equilibrá-la.
De Deméter, talvez precise do senso do corpo e da terra, da materialidade para fazê-la colocar os pés no chão.
De
Atena, uma certa racionalidade e objetividade acerca de seu potencial,
de Ártemis a independência e a liberdade. e assim por diante.
Nós bruxas, sensitivas, terapeutas estamos classificadas na mulher-Perséfone.
Quando
a Igreja perseguiu nossas irmãs bruxas e todas as pessoas que se
dedicavam a ser guias espirituais, ela também suprimiu a antiga
sabedoria da Deusa Perséfone.
O
que se perdeu foi o segredo da Perséfone madura, a sabedoria daquela
que conhece os mecanismos da vida e da morte, as energias que determinam
as estações, a sexualidade e o nascimento, daquela que compreende o
hiato entre os dois mundos.
A Perséfone madura ressurge de algum modo do mundo espiritual, ainda que permaneça em contato com ele.
Ela
torna-se a feiticeira, a terapeuta, uma mulher sábia, alegre e bem
humorada, que acha engraçada e divertida toda a loucura humana.
E, mesmo quando anciã, ainda preserva toda sua juventude e, como uma jovem iniciada, traz consigo a jubilosa sabedoria dos anos.
Referência:Referência: As Deusas e a Mulher - Jean Shinoda Bolen
A Deusa Interior - Jennifer Barker Woolger/Roger J. Woolger
ALINE
SANTOS: É Jornalista, Terapeuta Holística,Taróloga,Cabalista,
Professora,Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de
Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach,
Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica,
Tarô Terapêutico e Numerologia.
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